Oração pela Intercessão da Bem-aventurada Madre Josafata
Ó Bem-aventurada madre
Josafata, que vivestes radicalmente a Vossa consagração como Serva de Maria
Imaculada, ensinai-nos conforme o Vosso exemplo, a confiar unicamente em Deus.
Ouvi a nossa prece, e rogai à Santíssima Trindade
conceder-nos a graça que tão ardentemente pedimos para à glória de Deus.
Madre Josafata, rogai
por nós!
Irmã Josafata (Miguelina Hordashevska) nasceu em Leopoli no dia 20 de novembro de 1869. Cresceu, estudou e foi educada numa família simples e pobre, mas rica e profunda na espiritualidade, no amor a Deus, no amor pátrio e nos valores cristãos.
Desde a tenra idade cultivava a vida espiritual e praticava virtudes cristãs. Seus contemporâneos escrevem: “A menina era simples, humilde, religiosa e amável em casa e na escola. Gostava de brincar coma sua irmãzinha Ana e tinha uma influência positiva em relação às suas colegas. Sabia dar bons conselhos e conduzir os outros para o bem”. Ela gostava de organização e de limpeza, era trabalhadora, inteligente, prudente e com uma profunda espiritualidade.
No ano 1892 Miguelina foi escolhida pela Providência Divina para se tornar a primeira Irmã da Congregação, não tendo nenhum exemplar concreto nas terras da Ucrânia naquele tempo. Os cofundadores, padres Jeremias Lomniski OSBM e Cirilo Seleski, do Clero Diocesano, rezam, dialogam, preocupam-se em ajudar seu povo, em como erguê-lo moralmente e espiritualmente. “Em toda parte eles viam trevas, pobreza, abandono, imoralidade e crendices”...
E, nesta situação, o Padre Jeremias Lomniski propõe à jovem Miguelina a tornar-se a primeira Irmã na Congregação que ainda não existe. Com certeza, Deus, no seu infinito amor, havia previsto desde toda a eternidade a pessoa que cultivava no seu coração uma profunda vontade de se consagrar inteiramente ao seu serviço, a exemplo de Jesus.
O “SIM’ de Miguelina em servir e contribuir, juntamente com os sacerdotes mencionados, para esta nobre missão é fruto da oração e de uma profunda percepção das necessidades de seu povo, como ela mesma afirma nas suas anotações: “Vacilei por um momento, porque não via nada de concreto diante de mim, mas, refletindo e vendo as necessidades da minha pobre nação e acreditando que esta era a vontade de Deus, decidi seguir a voz Dele, me entreguei com disponibilidade, consagrando-me para sempre”.
O amor a Deus, o cumprimento de sua vontade, o amor ao seu povo, o qual passava por muitas dificuldades sociais, espirituais e morais, foram o motivo de sua decisão de servir com prontidão e consagração a tudo o que for possível. Esta predisposição ou princípios a Irmã Josafata os confirmou com a sua vida, com o seu exemplo e com a sua atuação concreta no dia a dia.
Ela foi uma personalidade de destaque, que amava a Deus, ao próximo e ao seu povo acima de tudo. O multiforme serviço e os valores espirituais dessa pessoa permeada pelo espírito Evangélico, orientadora capaz, pedagoga criativa, ótima organizadora, são para nós, hoje, uma luz no horizonte.
Ela educava e ensinava, curava a alma e o corpo, acolhia os pobres, percebendo neles o rosto de Jesus. Servia a exemplo de Jesus, o qual disse: “Eu vim para servir...” (Mt 20,28).
O lema da vida da Irmã Josafata era: “Servir lá, onde há maior necessidade. Conviver com o seu pobre povo e ser para ele uma luz viva”. Ela se destacou pelo seu grande amor a Deus e ao próximo, pela disponibilidade e prontidão em servir às crianças, aos idosos, aos órfãos, aos doentes.
Oração pela Intercessão da Bem-aventurada Madre Josafata
Ó Bem-aventurada madre
Josafata, que vivestes radicalmente a Vossa consagração como Serva de Maria
Imaculada, ensinai-nos conforme o Vosso exemplo, a confiar unicamente em Deus.
Ouvi a nossa prece, e rogai à Santíssima Trindade
conceder-nos a graça que tão ardentemente pedimos para à glória de Deus.
Madre Josafata, rogai
por nós!
Humildade e espírito de profunda oração
Exímio Missionário, pregador e fundador da primeira instituição de Vida Consagrada Ativa na Galícia, Padre Jeremias se destacou pela sua profunda consagração e dedicação à ordem de São Basílio Magno e pela maturidade espiritual e intelectual. Por isso, desde cedo foi nomeado diretor-coordenador de importantes escolas de sua época, onde cada vez mais aprofundava e desenvolvia suas capacidades humanas, intelectuais e espirituais.
A página mais importante de sua vida foi a ação missionária, para a qual ele deu início no ano de 1889, juntamente com seus coirmãos. Padre Jeremias se destacou pelo insuperável dom de pregar a palavra de Deus. Preparava suas homilias e pregações sempre levando em conta o seu público. Adaptava-as para cada realidade. Suas colocações eram profundas e o conteúdo fundamentado na palavra de Deus. Tanto é que as pessoas o chamavam de Crisóstomo, ou seja, “Boca de Ouro”.
Para despertar e fortalecer a espiritualidade do povo foi muito importante a pregação de retiros que o padre Jeremias fazia incansavelmente. Foi ele quem organizou e conduziu o primeiro retiro para os seminaristas do Clero Diocesano em Leopoli.
No ano de 1890 fundou a Associação de São Paulo Apóstolo, com o objetivo de promover retiros para sacerdotes. Em 1892, juntamente com seu coirmão, elaborou um livro litúrgico para jovens. Neste mesmo ano, providenciou bem depressa os jardins de infância para as crianças, que ficaram aos cuidados das Irmãs Servas, as quais assumiram o trabalho a partir de 15 de maio de 1893, sob a direção da Irmã Arcenia Hordashevska e das noviças.
Padre Jeremias consagrou não somente através de suas missões e retiros, mas principalmente pelo fato de que Deus o escolheu como instrumento para dar início à primeira Congregação de Vida Consagrada Ativa na Igreja Greco-Católica Ucraniana. Foi justamente num dos retiros que a jovem Miguelina Hordashevska e algumas de suas amigas foram falar com ele sobre o seu desejo de consagrar-se a Deus. Como diretor espiritual, percebeu em Miguelina as virtudes humanas e espirituais necessárias e indispensáveis à fundação de uma congregação religiosa, da qual ela seria dirigente.
Padre Jeremias tinha um vivo sentimento de dever e compromisso na formação integral da pessoa humana. Por mérito de seus dons extraordinários e capacidade administrativa, foi nominado Primeiro Reitor do Seminário Maior de Stanislaviv (1907-1915), cujo cargo desenvolveu com muita responsabilidade e dedicação peculiar, possuindo ainda dom extraordinário como pedagogo e educador. Com vasta experiência missionária e pastoral, sabia repassar para os futuros sacerdotes uma bagagem de colossal valor, sendo um grande educador da juventude sacerdotal.
Em 1914 os soldados russos invadiram as terras da Ucrânia e Padre Jeremias foi detido. Ele tinha possibilidade de sair do país e ir para Viena, mas recusou-se categoricamente, dizendo: “Não, não vou. Tenho compromisso de cuidar e acompanhar as Irmãs Servas de Maria. Preciso defendê-las dos soldados. É meu dever”.
No ano de 1915, foi detido novamente e levado para os confins da Rússia, onde ficou até o final de sua vida. Mesmo lá ele era respeitado e admirado pela sua postura, espiritualidade e personalidade.
Morreu em 1916, com apenas 56 anos, dos quais 34 de vida consagrada. Assim foi sua trajetória, iluminada com muitas virtudes cristãs, espírito de profunda oração e humildade e ardor na propagação do reino de Deus. Mas seu maior merecimento diante da Igreja e do povo de Deus foi a fundação da nova Congregação Religiosa.
Luz nas trevas, Sal na terra
Um dos caminhos da educação das crianças é a catequese. Para Padre Cirilo Seleski era muito importante despertar nos pequenos o amor e a curiosidade para as coisas de Deus. Ele dava conselhos para a vida cristã a todas as faixas etárias do povo, a quem amava com amor fraterno e paterno. Seu amor missionário era sem fronteiras e sem limites. Um pastor incansável, LUZ NAS TREVAS, SAL NA TERRA... são alguns termos com os quais pode-se tentar definir o “gigante das missões” nas terras da Ucrânia daquela época.
Padre Cirilo era um sacerdote muito entusiasmado, amado e respeitado pelos seus paroquianos. Na Igreja Ucraniana, consagrou uma parte muito grande de seu tempo para a educação dos adultos. Era persuadido de que pela educação e pelo exemplo influenciamos uns aos outros. Insistia que um cristão, uma pessoa com maturidade é aquela que se coloca a serviço da sociedade, aquela que serve sua família, a Deus, ao Estado e ao país. Por isso, julgava muito importante a formação do indivíduo. Para isso, trazia exemplos de vida de outras épocas, de outras nacionalidades, para convencer os seus contemporâneos.
Padre Cirilo era um bom pastor. Para ele, não era indiferente a sorte de cada pessoa de sua aldeia, as quais ensinava como um bom pai como deviam viver, o que deviam evitar e observar para que fossem felizes e se sentissem bem ao lado de suas coirmãs. Ele advertia: “Viva em paz com todos como irmãos”.
Em seus artigos, Padre Cirilo escreve que muitas vezes as pessoas não sabem se comportar e perdem o controle, alertando: “Amemos a Deus como nosso Pai, amemos uns aos outros como irmãos”. Ele também reivindicava às autoridades locais que cuidassem do patrimônio social, para que houvesse boas estradas, pontes, assim como relatava os problemas sociais em geral. Ajudava as comunidades a enfrentar um dos problemas cruciais da época, o alcoolismo, o qual trazia muito sofrimento às famílias: “Hei, povo! Por amor de Deus, se toquem! Larguem este veneno que vos destrói, destrói a vossa família e vos leva a situação de mendigos”. Para ajudar as pessoas viciadas em alcoolismo, Padre Cirilo fundou na aldeia a Associação da Santa Sobriedade. Assim, dentro de algum tempo, houve uma mudança significativa nas suas aldeias e essa atitude se tornou exemplo para todos os outros.
Ele valorizava muito a educação na família, onde a criança recebe as primeiras lições de vida. “É mais fácil antes do que depois”, dizia. Insistia que educassem as crianças no espírito cristão, na espiritualidade do amor e no temor a Deus desde a tenra idade. “Uma pessoa se torna feliz quando sabe aproveitar de suas potencialidades e quando desenvolve os seus dons e capacidades e os coloca a serviço do Reino de Deus e do próximo”, afirmava.
Pe. Seletsky era responsável por auxiliar as Irmãs em suas necessidades materiais. Providenciou a primeira casa e ministrava diariamente aulas de história bíblica, catecismo, leitura, escrita e gramática, pois muitas das primeiras Irmãs tinham apenas a instrução elementar. Várias delas eram filhas de seus paroquianos, as quais conhecia desde a infância. Sem medir esforços, fez de tudo para atender às necessidades das Irmãs durante os primeiros anos de fundação. Foi para elas um modelo de fidelidade apostólica e interesse pastoral na prestação de serviço à Igreja.
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